Wlamir Marques foi recordista brasileiro infantil nos 50 metros nado de costas e campeão estadual também nos 100m livre, tentou a sorte como goleiro de futebol, e chegou a ser campeão colegial de vôlei e arremesso de peso.

Até que um médico descobriu que a constante prática esportiva havia dilatado demais seu coração e aconselhou o garoto a reduzir as atividades físicas. Teria que escolher só um esporte, e foi o basquete.

Sorte do basquete brasileiro, que teve no "Diabo Loiro" um de maiores de sua história. Wlamir chegou a seleção aos 16 anos, já jogador do XV de Piracicaba, clube para o qual se transferiu depois de o garoto nascido em São Vicente (SP) depois de se destacar pelo Tumiaru, de Santos, e pelo time do colégio.

Na estreia, foi logo levando o Brasil ao vice-campeonato mundial em 1954 e sendo eleito para a seleção do torneio. Era só o início de uma trajetória gloriosa, que incluiu o bicampeoanato mundial (1959 e 1963) e duas medalhas de bronze olímpicas, sempre como protagonista do time. Ainda foi ao pódio três vezes em Jogos Pan-Americanos e ajudou o Brasil a ser prata no Mundial de 1970.

Só não foi ao Mundial de 1967, em que o Brasil foi bronze, porque já treinava o time feminino do XV e foi cortado por faltar a um amistoso da seleção. Na época, era jogador do Corinthians, clube em que se tornou ídolo. O ginásio do Parque São Jorge ganhou seu nome.

Professor de educação física, se notabilizou também como comentarista de televisão, passando por diversas emissoras. Um dos momentos mais emocionantes de sua carreira ocorreu em Tóquio 1964, quando foi o porta-bandeira da delegação brasileira tanto na Cerimônia de Abertura quanto na de Encerramento dos Jogos.