Edson Bispo dos Santos chegou à seleção brasileira adulta somente dois anos depois de começar a jogar basquete no juvenil do Vasco da Gama. Poderia ter jogado o Mundial de 1954, em que o Brasil foi vice, no Maracanãzinho, mas pediu dispensa para se dedicar com exclusividade aos estudos e não perder o ano letivo no colegial técnico.

Formado, estreou em Jogos Olímpicos em Melbourne 1956 e foi destaque na conquista do Mundial de 1959 e do bronze olímpíco em Roma, quando teve um entrevero com o técnico Kanela, que causaria problemas no futuro.

Era titular da seleção antes do Mundial de 1963, mas acabou cortado. Oficialmente, porque se atrasou à apresentação no Rio. Precisava ficar em São Paulo para assinar um pedido de empréstimo junto à prefeitura, já que ficaria sem os salários de professor da rede municipal.

Voltaria à seleção como jogador na conquista do bronze olimpico em Tóquio 1964, mas sofreu grave lesão dois anos depois, jogando pelo Palmeiras, que abreviou sua carreira. Em 1967, voltou à seleção como técnico, indicado por Kanela, com quem estava brigado. 

Sob comando dele, a seleção não foi bem no Pan de Winnipeg, mas Edson recebeu nova chance e levou o Brasil ao inédito ouro em Cali, quatro anos depois. Formou-se em educação física e exerceu a profissão durante muitos anos. Era diretor da FPB e coordenava projetos de inclusão social por meio do esporte quando faleceu, em 2011.