Prata na marcha, semi no tênis de mesa e disputa de medalha no wrestling: Brasil evolui em modalidades distintas
Caio Bonfim obtém pódio inédito, enquanto Hugo Calderano e Giulia Penalber ficam a um triunfo de conquistas inéditas para o país
Caio Bonfim, medalhista de prata. Foto Alexandre Loureiro/COB
Os Jogos Olímpicos Paris 2024 entraram para a história do esporte brasileiro, revelando novos heróis e provando que a dedicação e o esforço contínuo sempre valem a pena. O Brasil, conhecido por sua tradição olímpica no judô, atletismo, vela e vôlei, dentre outros, agora também desponta em modalidades que vão construindo um caminho vitorioso, como a marcha atlética, o tênis de mesa e o wrestling.
Na marcha atlética, o veterano Caio Bonfim conquistou a tão sonhada medalha olímpica em sua quarta participação. Aos 33 anos, ele se superou na prova dos 20km e trouxe para o Time Brasil uma gloriosa medalha de prata. Caio, que foi quarto colocado na Rio 2016 e também disputou Londres 2012 e Tóquio 2020, mostrou toda a sua persistência e garra ao liderar grande parte da prova nas ruas parisienses.
Com o tempo de 1h19min09s, ele ficou apenas 14 segundos atrás do equatoriano Brian Daniel Pintado, que levou o ouro, enquanto o espanhol Alvaro Martin completou o pódio com o bronze. A emocionante disputa pela medalha, marcada por punições e reviravoltas, culminou em um resultado histórico para o Brasil, evidenciando Caio Bonfim como um dos grandes nomes da marcha atlética mundial.
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Ao todo 11 atletas brasileiros ficaram a somente uma vitória do pódio em Paris 2024, como Hugo Calderano, no tênis de mesa, e Giulia Penalber, no wrestling.
“Pequenos detalhes fazem muita diferença entre uma medalha de ouro, de prata, de bronze, um quarto ou um quinto lugar. Se algumas situações não tivessem acontecido, a gente teria ainda mais motivos para comemorar medalhas”, disse Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.
No tênis de mesa, Hugo Calderano continuou a ascensão da modalidade no país, alcançando pela primeira vez uma semifinal olímpica. O brasileiro não deu chances ao sul-coreano Woojin Jang nas quartas, vencendo por 4 a 0, com parciais de 11/4, 11/7, 11/5 e 11/6. Considerado um dos melhores mesatenistas do mundo há alguns anos, o carioca de 28 anos tem tudo para voltar ainda mais forte nos Jogos Olímpicos Los Angeles 2028.
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No wrestling, Giullia Penalber também fez história ao conquistar o melhor resultado do Brasil na modalidade em Jogos Olímpicos. Lutando na categoria até 57 kg, Giullia chegou à disputa pela medalha de bronze na Arena Champ de Mars. Embora tenha sido superada pela chinesa Kexin Hong, terminando na quinta colocação, a brasileira garantiu um feito inédito para o país. A campanha de Giullia foi marcada por lutas difíceis e superação, consolidando-a como uma referência no wrestling nacional.
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''Estamos orgulhosos de todos que conquistaram medalhas, mas também do Hugo Calderano, da Giulia Penalber e de tantos outros. Nós temos que enaltecer esses atletas todos que vieram para cá e se dedicaram por tanto tempo’’, comentou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB.