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Ex-judoca deslancha no handebol, vira referência em seleção brasileira de base e dá show nos Jogos da Juventude

Com grande expectativa sobre futuro nas quadras, Lauendy Vitor vem sendo lapidada para voos ainda maiores e projeta virar atleta olímpica

Por Comitê Olímpico do Brasil

26 de nov, 2024 às 17:00 | 8 minutos de leitura

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Uma jovem de família humilde nascida no interior de São Paulo mal sabia que, há pouco mais de três anos, ao trocar os quimonos por uma bola, ela despontaria como uma grande promessa do handebol brasileiro. Oriunda do judô, Lauendy Vitor é daqueles diamantes que, quanto mais são lapidados, maior será o seu brilho. Titular da seleção brasileira sub-18, a armadora de 17 anos vem dando show em quadra nos Jogos da Juventude CAIXA João Pessoa 2024 e deixando claro, na competição organizada anualmente pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que o público está diante de uma atleta que tem tudo para ir ainda mais longe na carreira escolhida. 

“Eu vi no esporte uma chance de fazer a minha família melhorar de vida. Acabei entrando no judô, mas meus amigos faziam handebol. Um dia eu decidi treinar handebol, me apaixonei e não quis mais sair. Minha mãe não queria que eu abandonasse o judô, porque eu era boa, mas fiz um drama, chorei um pouquinho e ela deixou. Ainda bem que está dando certo”, disse Lauendy, no Ginásio do Motiva Oriental, na capital paraibana.

A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) acompanha de perto a participação da camisa 9 de São Paulo nos Jogos em João Pessoa. E ela recebeu grandes elogios de Rosana Dionísio, que é observadora técnica da entidade e busca descobrir talentos que ainda não estão no radar das categorias de base das seleções nacionais, além de conversar com garotas como Lauendy, que já vestem a camisa verde e amarela.

“A Lauendy hoje é um grande destaque da categoria sub-19, tem um grande futuro e, a gente sabe que ela ainda vai galgar mais posições dentro da seleção. Ela desempenha muito bem alguns papéis dentro do jogo, na defesa e no ataque, foi importante para o Brasil no Mundial Sub-18, em agosto deste ano, na China, mas teve uma entorse e a ausência dela no último jogo foi sentida, fez diferença ela não jogar e não fomos para o mata-mata. Dá para imaginar ela evoluindo bastante e sendo, no futuro, uma atleta olímpica”, comentou Rosana.

Com um caminho de sucesso projetado, Lauendy, que atualmente vive na capital paulista e defende o Clube Pinheiros, já vislumbra a chance de futuramente acertar com um clube do handebol europeu. A preferência é pelo Gyori, da Hungria, que tem a brasileira Bruna de Paula no elenco e ganhou seis títulos da Liga dos Campeões da Europa.

“Eu quero muito ir jogar na Europa, e, se Deus quiser, jogar no Gyori, onde está a Bruna. É um lugar que me inspira. Eu quero muito dar orgulho e uma vida boa para a minha mãe e para minha avó, porque elas merecem. Mudando para a Europa fica mais fácil financeiramente de eu fazer isso”, afirmou ela.

Com metas e ambições definidas, mesmo ainda bem jovem Lauendy também já fala sobre quando acredita que poderá realizar o sonho de virar uma atleta olímpica.

“Eu acho que posso disputar os Jogos Olímpicos de Brisbane 2032. Para a próxima (Los Angeles 2028), eu ainda sou muito nova e vai ser um pouco mais difícil. Ainda mais com essa nova geração que está entrando na seleção, que tem um nível muito alto, muito absurdo. Mas, um dia, vai ser a minha vez e vou ser uma atleta olímpica. É isso que eu quero para a minha vida”, finalizou a talentosa jogadora.

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