Duda e Ana Patrícia serão as porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Paris 2024
Dupla campeã olímpica no vôlei de praia foi escolhida após campanha invicta na França
Campeãs olímpicas, Duda e Ana Patrícia serão as porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Paris 2024. Foto: Luiza Moraes/COB.
Dois dias depois de conquistarem a medalha de ouro no vôlei de praia, Duda e Ana Patrícia serão alçadas à glória olímpica novamente. A dupla terá a honra de carregar a bandeira brasileira na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos Paris 2024, que será realizada na noite deste domingo no Stade de France. O Comitê Olímpico Internacional (COI) acatou um pedido do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para que duas mulheres portassem o símbolo nacional.
"Estou muito feliz de viver tudo isso depois da medalha de ouro. Levar a bandeira junto com a Ana Patrícia vai ser para fechar com chave de ouro. Estou muito grata por essa oportunidade. Agradeço ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) por ter me dado essa chance. A gente está muito feliz de poder finalizar desse jeito", disse Duda.
As campeãs olímpicas coroam, assim, uma campanha impressionante em Paris. Saíram invictas da arena montada aos pés da Torre Eiffel, com sete vitórias e apenas dois sets perdidos.
“Duda e Ana Patrícia representaram com excelência os principais valores olímpicos e nos encheram de orgulho. Quebraram um jejum de ouros para o Brasil no vôlei de praia que perdurava por 28 anos, desde o histórico título de Jackie Silva e Sandra Pires em Atlanta 1996. O bandeira brasileira está em excelentes mãos”, afirmou o Presidente do COB, Paulo Wanderley.
Sandra Pires, por sinal, foi a primeira mulher do país a receber a honra de ser porta-bandeira, nos Jogos Sydney 2000.
“O vôlei de praia é uma modalidade importantíssima para o esporte brasileiro, que frequentemente vai a pódios em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos há pelo menos três décadas. Esta escolha por Duda e Ana Patrícia se deve muito ao merecimento delas, e também uma homenagem a tantos atletas do passado que construíram essa história de sucesso”, complementou Rogério Sampaio, diretor-geral do COB e Chefe da Missão Brasileira em Paris 2024.
TRADIÇÃO
Na Cerimônia de Abertura, realizada no dia 26 de julho, o canoísta Isaquias Queiroz, que levou a prata no C1 1.000m na capital francesa, e a jogadora de rugby Raquel Kochhann foram os porta-bandeiras.
Na história do vôlei feminino nacional, Jackie e Sandra levaram o ouro olímpico em Atlanta 1996 com uma vitória sobre Adriana Samuel e Mônica naquela decisão.
Nos Jogos de Sydney 2000, Adriana Behar e Shelda levaram a prata enquanto Adriana Samuel e Sandra Pires ficaram com o bronze. Quatro anos depois, em Atenas 2004, Adriana Behar e Shelda repetiram o vice-campeonato.
Após um hiato em Pequim 2008, as mulheres brasileiras voltaram ao pódio olímpico nas areias na edição de Londres 2012, com um bronze de Juliana e Larissa. A tradição continuou para Rio 2016, com a prata de Ágatha e Bárbara Seixas.
Com o ouro em Paris, Duda e Ana Patrícia quebraram um jejum de 28 anos sem uma dupla verde e amarela feminina no alto do pódio.
“O vôlei e o vôlei de praia brasileiro são uma potência, com um histórico olímpico impressionante. A Duda e a Ana Patrícia conquistaram o lugar mais alto do pódio com uma campanha magnífica e vão servir de inspiração para todo o povo brasileiro”, finalizou Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento e sub-chefe de Missão em Paris.