Judô brasileiro conquistou 34 medalhas em Grand Slam na temporada 2019
Foi o melhor desempenho da seleção neste ciclo olímpico para Tóquio 2020
O bronze conquistado por Beatriz Souza (+78kg), em Osaka, no Japão, no último
domingo, fechou o ano de Grand Slam do Circuito Mundial IJF e consolidou a boa
temporada do judô brasileiro nessas competições. No total, foram 34 medalhas
conquistadas pela seleção do Brasil em sete etapas de Grand Slam disputadas ao
longo do ano pré-olímpico. Apenas o Japão, maior potência mundial do Judô,
conquistou mais medalhas do que o Brasil nos Grand Slam de 2019: 79 pódios.
As 34 medalhas brasileiras mostram uma evolução significativa do desempenho do
judô nacional em relação aos dois últimos anos deste ciclo olímpico para Tóquio
2020. Em 2017, foram 17 medalhas e, em 2018, o país fechou o ano com 10 pódios
nessas etapas que têm grande peso na classificação olímpica por distribuírem
até mil pontos no ranking mundial.
O resultado qualitativo também foi muito positivo em 2019. Foram oito títulos
de Grand Slam conquistados por brasileiros, além de 12 medalhas de prata e 14
bronzes.
Entre as razões para isso, o gestor de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson
Pereira, aponta, sobretudo, a melhora no desempenho de jovens atletas que estão
vindo das categorias de base para a equipe principal.
"Temos diversos atletas em processo de transição do sub-21 para o Sênior e
o amadurecimento deles ao longo deste ciclo olímpico foi fundamental para
alcançarmos esses resultados", explica.
Dos 23 atletas que subiram ao pódio em Grand Slam neste ano, por exemplo, sete
tem menos de 22 anos e, portanto, integraram a seleção Júnior ao longo deste
ciclo: Willian Lima (19), Larissa Pimenta (20), Ketelyn Nascimento (21), Ellen
Santana (21), Daniel Cargnin (21), Beatriz Souza (21) e David Lima (22).
Ano de conquistas inéditas
O ano de 2019 foi marcado também por conquistas inéditas em Grand Slam. Das
oito medalhas de ouro, seis tiveram um significado especial, pois foram
inéditas para os atletas vencedores: Felipe Kitadai (60kg) e Rafaela Silva
(57kg), campeões do Grand Slam de Baku, além de Allan Kuwabara (60kg), Beatriz
Souza (+78kg), Daniel Cargnin (66kg) e Ketleyn Quadros (63kg), campeões do
Grand Slam de Brasília.
Somam-se a esses resultados mais um ouro no Grand Slam de Ecaterimburgo, na
Rússia, de Maria Suelen Altheman (+78kg), maior medalhista de GS neste ano com
quatro pódios, e outro de Mayra Aguiar (78kg), no Grand Slam de Düsseldorf, na
Alemanha.
As 12 pratas vieram com Rafaela Silva (Düsseldorf), Mayra Aguiar
(Ecaterimburgo), Maria Portela (Ecaterimburgo), David Moura (Brasília), Larissa
Pimenta (Brasília), Maria Suelen Altheman (Brasília), Rafael Buzacarini
(Brasília), Alexia Castilhos (Brasília), Gabriela Chibana (Brasília), David
Lima (Brasília), Ketelyn Nascimento (Brasília) e Eric Takabatake (Brasília).
Os 14 bronzes foram conquistadas por Ellen Santana (Düsseldorf), Nathália
Brigida (Düsseldorf), Maria Suelen Altheman (Abu Dhabi e Düsseldorf), Rafael
Macedo (Ecaterimburgo), Rafael Silva (Ecaterimburgo), David Moura
(Ecaterimburgo), Larissa Pimenta (Baku), Ketleyn Quadros (Abu Dhabi), Rafaela
Silva (Brasília), Maria Portela (Brasília), Willian Lima (Brasília), Eleudis
Valentim (Brasília) e Beatriz Souza (Osaka).
Na hierarquia das etapas do Circuito Mundial IJF, os Grand Slam só perdem para
o Mundial e para o World Masters. O Mundial dá até 2000 pontos no ranking,
enquanto o Masters distribui até 1800. Porém, só os 36 melhores de cada
categoria de peso são convidados para lutar o Masters que, neste ano,
acontecerá em Qingdao, na China, de 12 a 14 de dezembro. A seleção treina no
Japão nesta semana em preparação para essa competição, que fecha o ano
pré-olímpico do judô.
Estatísticas: IJF Judo
Base