Duplas brasileiras disputam Finals em Roma no encerramento da temporada 2019 do Circuito Mundial de vôlei de praia
Brasil terá até oito times na fase principal da competição que distribui cerca de R$ 2,4 milhões em prêmios
A capital italiana está de volta ao Circuito Mundial, e com uma das maiores
competições do ano. Após seis anos sem receber etapas do tour da Federação
Internacional de Voleibol (FIVB), Roma sedia nesta semana, de quarta-feira
(04.09) a domingo (08.09), a etapa Finals da temporada 2019. A competição será
realizada no formato cinco estrelas, com pontuação alta para a corrida olímpica
brasileira e um prêmio total de R$ 2,4 milhões.
Diferente das temporadas passadas, quando a competição era disputada com menos
equipes, em 2019 o torneio aumentou de tamanho. O Brasil conta com oito duplas
inscritas, quatro em cada naipe. Já estão garantidos na fase de grupos do
torneio masculino Alison/Álvaro Filho (ES/PB), André/George (ES/PB) e
Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF). Já Pedro Solberg/Oscar estreiam nova dupla
disputando o classificatório, buscando vaga à etapa principal.
As duplas brasileiras do naipe feminino já garantidas na fase de grupos são
Ágatha/Duda (PR/SE), Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) e Carol Solberg/Maria Elisa
(RJ). Já Fernanda Berti/Bárbara Seixas e Talita/Taiana (AL/CE) se enfrentaram
no country quota na terça-feira (03.09), com vitória de Fernanda e Bárbara por
2 sets a 1 (16/21, 21/11 e 15/11). Agora elas disputam, nesta quarta-feira
(04.09) o classificatório, tendo que vencer a rodada eliminatória para
conseguir avançar à fase de grupos em Roma.
“Taiana e Talita formam um time muito forte, têm uma química muito boa.
Sabíamos que seria um jogo muito difícil e tenso. Quem perde nem participa do
torneio propriamente. A tática do jogo conta, mas o equilíbrio mental é a chave
para chegar no resultado”, comentou Fernanda Berti após a vitória.
Quem possui um ótimo retrospecto na capital italiana é o campeão olímpico
Alison, que lidera a corrida olímpica brasileira junto do parceiro Álvaro
Filho. Nos cinco torneios que disputou na cidade, foi à semifinal em todos,
conquistando quatro medalhas. A mais famosa delas da primeira vez que venceu o
Campeonato Mundial, em 2011, ao lado de Emanuel. O capixaba comentou a
expectativa para voltar à cidade.
“Roma é um lugar importantíssimo na minha carreira, me marcou demais. É uma
grande responsabilidade jogar lá, com essa marca de sempre ter alcançado a
semifinal. Vivo um outro momento na carreira, evoluindo com um novo parceiro,
buscando melhorar a cada dia. Mas gosto muito de atuar lá, estou muito motivado
por esse momento ao lado do Álvaro. Espero que Roma continue sediando grandes
torneios, estava com saudade de jogar lá”, disse.
A competição conta com 32 times em cada naipe, sendo 22 provenientes do ranking
de entradas, dois convidados e outros oito provenientes do classificatório. Os
times se enfrentam na chave, com os primeiros colocados avançando direto às
oitavas de final, enquanto segundos e terceiros colocados duelam por uma fase
eliminatória extra, da repescagem.
A competição em Roma rende cerca de R$ 160 mil para os campeões dos naipes
masculino e feminino. Ao todo, o torneio distribui cerca de R$ 2,4 milhões em
premiação aos atletas, além de oferecer pontuação alta para o ranking internacional
– 1.200 para os times vencedores.
Para a corrida olímpica brasileira, disputa interna entre duplas nacionais que
tentam representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, o título em Roma rende 900
pontos no ranking, reduzindo 90 pontos para cada posição abaixo.
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do
Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com
peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores
resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os
pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à
disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de
Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas
em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato
Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado
na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking
olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do
Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em
cada naipe já garantida.
CORRIDA OLÍMPICA BRASILEIRA*
Masculino
Alison/Álvaro Filho – 5.600
Evandro/Bruno Schmidt – 5.410
André Stein/George – 4.770
Guto/Saymon – 3.130
Pedro Solberg/Vitor – 2.800
Feminino
Ágatha/Duda – 5.910
Ana Patrícia/Rebecca – 5.830
Carol Solberg/Maria Elisa – 4.980
Talita/Taiana – 4.280
Fernanda/Bárbara – 3.820
*média dos 10 melhores resultados